GRAVEL Zone Brasil / Rolos de Treinamento - As melhores dicas para você que está começando
MELHORANDO SUA EXPERIÊNCIA NA HORA DE PEDALAR NO ROLO
Com a chegada da pandemia, é enorme o número de ciclistas habituais buscando um rolo de treinamento para não ficar sem pedalar nos longos dias de quarentena. Falando sobre minha experiência pessoal, o rolo inteligente, ou "smart trainer", já é parte importante do meu treinamento há mais de 3 anos, um companheiro de pedal quase que diário, que combinado com a já famosa plataforma virtual chamada Zwift, mudou completamente minha vida de atleta amador. Com os inúmeros planos de treinamento oferecidos, considero que tenho um técnico virtual que me permite crescer como ciclista e, o melhor, mensurar essa evolução, por exemplo, com os testes de FTP (Functional Threshold Power) disponíveis na própria plataforma.Um dos nossos leitores mais fiéis desde os tempos do P29BR, o grande Keke Roseberg da Paraíba, está começando a pedalar no rolo com o Zwift e por suas postagens, percebi que tem algumas dúvidas. Com quase 18 mil quilômetros rodados na plataforma, acumulei também uma experiência que gostaria de compartilhar com ele e você, leitor, então decidi deixar algumas dicas para quem vai pedalar no rolo, seja ele inteligente ou mesmo os modelos tradicionais.
O Suor.
Pedalar indoor significa suar muito, mas muito mesmo, por isso é fundamental que em frente ao rolo esteja posicionado um ventilador, de preferência com potência e tamanho consideráveis. Ventiladores não custam caro, por isso quem quiser usar mais de um, melhor ainda. Eu pedalo no rolo com dois ventiladores, um no chão e outro USB posicionado na altura do meu rosto. Para aqueles com orçamento ilimitado, a Wahoo faz um ventilador inteligente que altera a intensidade do vento de acordo com o seu ritmo cardíaco e sua velocidade no rolo.
Mesmo com os ventiladores, o guidão vai terminar completamente úmido por conta do suor das suas mãos, ainda assim, quando iniciei no Zwift em 2017, isso não era uma preocupação para mim, entretanto uma constatação perigosa me fez mudar de ideia. Depois de treinar meses no rolo e regressar de minha primeira participação no Dirty Kanza, decidi trocar a fita de guidão porque já estava gasta, quando retirei ela, percebi meu guidão completamente corroído pelo suor, inclusive com uma trinca em um dos drops.
Foto: Zwift |
Foto: GRAVEL Zone Brasil |
Depois de entender a nocividade do meu próprio suor, passei a ser mais cuidadoso e adquiri também um Blackburn Sweat Net, uma rede feita de tecido absorvente que vai fixada nos trocadores e no canote da bike, formando um triângulo que evita respingos no quadro. Não é um acessório essencial, mas como "gato escaldado tem medo de água fria", eu uso.
Foto: Blackburn |
O Desconforto.
Pelo fato da bicicleta estar fixa no rolo, aquele seu selim confortável, testado e aprovado na estrada, pode, no ambiente indoor, virar um pesadelo. É incrível, mas pedalar em condições normais durante uma hora no rolo pode ser muito desconfortável.
Qual a forma de contornar isso? A primeira coisa seria no momento de pedalar no rolo, baixar seu selim entre 5 e 10mm em relação à altura que você usa na estrada, assim você diminui a pressão nos ísquios e torna a pedalada menos desconfortável, mas atenção, se você baixar demais o selim, poderá sentir dores na parte frontal dos joelhos, então não exagere.
Foto: GRAVEL Zone Brasil |
Essas plataformas ainda são caras e por isso existem diversos fóruns ensinando fazer rocker plates caseiros, contudo se você não possui dotes de marcenaria ou quer economizar, depois de muitos testes encontrei uma solução aceitável e barata. Comprei dois discos de equilíbrio na Decathlon que custam cerca de R$ 130 e posicionei nos pés traseiros do rolo, apesar do estranhamento inicial, deram resultado e podem perfeitamente ser usados com qualquer rolo de formato tradicional. Fica a dica!
Foto: GRAVEL Zone Brasil |
O Pneu.
Acabo de fazer um treino de meio "Everesting" no rolo e mais ou menos na metade das 6 horas pedaladas, notei que fazia a mesma força de antes nos pedais, mas a potência que me marcava o Zwift era consideravelmente menor, então percebi que meu pneu traseiro esquentou com o atrito e estava esfarelando, tanto que tinha diminuído a área de contato da roda com o rolo, prejudicando meu desempenho. Tive que parar alguns segundos para reaproximar um pouco mais o rolo do pneu com a regulagem manual.
Foto: GRAVEL Zone Brasil |
O Vício.
Desde que incluí o rolo inteligente e o Zwift na minha rotina de treinamentos, confesso que fiquei cada dia mais viciado em pedalar, inclusive pela facilidade de poder treinar a qualquer hora do dia, dividindo a "estrada" com gente do mundo inteiro e até participando de corridas virtuais. Não escondo minha empolgação, é fantástico e sinceramente acho que todo amante do Ciclismo deveria experimentar. Além do Zwift, existem outras plataformas de treino bem legais, algumas inclusive com realidade aumentada e videos de estradas reais, como o Rouvy, Kinomap, etc. Já experimentei a concorrência, mas o pacote de funcionalidades oferecido pelo Zwift e seu desempenho sem exigir demais da conexão ou do computador, são imbatíveis até o momento.
Compartilhe com o leitores do GRAVEL Zone Brasil suas experiências pedalando no rolo, deixe um comentário.
Keep Gravel Riding!
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